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Meu
cachorro/gato se lambe demais: o que eu devo fazer?
LUIZA CERVENKA DE ASSIS
16 Setembro 2015 | 13:32
Patas
molhadas, base do rabo avermelhada, barriga arranhada, falta de pelo e excesso
de coceira podem ser sinais de estresse.
É
comum o animal chegar ao consultório veterinário com os pelos das patas de cor
diferente do corpo, como se estivesse queimado. Isso ocorre quando o animal
passa longos períodos lambendo patas. Alguns chegam até a roer as unhas e
retirá-las.
Outros
podem morder o rabo e região, deixando em carne viva. Esse comportamento não é
só em cães.
J. Triepke/Creative Commons
Os
gatos tem o hábito comum de se lamber (“tomar banho”). Porém, quando o felino
passa horas e horas nesse comportamento, principalmente nas patas e barriga,
fique com as orelhas em pé, pois há um problema.
Indícios
que seu animal está se lambendo mais do que deveria
Se você
chegar em casa e o pelo de uma ou duas patas, ou mesmo uma única parte do
corpo, estiver molhada;
Se a
coloração do pelo da pata mudar;
Se
começar a falhar pelo em uma única região;
Se
ele der muita atenção para a pata ou rabo;
Se
tiver ferida localizada;
Se
ele lamber mais uma área do que as demais;
Se,
quando sem atenção, ficar “cutucando” uma região específica;
Se
tiver alteração do cheiro da pata ou pele.
E
agora, o que eu faço?
Se um
desses itens é o seu caso, não se desespere. A primeira coisa a fazer é levar
ao veterinário. Há diversas doenças que podem aumentar o comportamento de
lambedura. “Alergias são os principais causadores de lambedura. Pode ser
por picada de ectoparasitas (pulgas e carrapatos), atópica (ambiental) e até
alimentar. Dores podem desencadear esse comportamento também” explica o médico
veterinário dermatologista Reinaldo Garrido da clínica Strix.
Dr
Garrido explica que ao observar qualquer alteração de comportamento do animal,
o proprietário deve leva-lo imediatamente ao veterinário. “Muitas vezes o
paciente chega em estágio avançado da lambedura. O quanto antes procurar
auxílio, menos o animal sofrerá” comenta o veterinário.
Apesar
de parecer inofensivo, esse tipo de comportamento pode ter consequências
graves. “A lambedura pode causar uma ferida na pele, que vira uma infecção.
Pode haver contaminação por bactéria, inclusive da própria boca do animal. Em
casos gravíssimos, a longo prazo, a infecção pode chegar a acometer o osso”
alerta dr Garrido.
Se
seu peludo não está com dor ou alergia, mas continua lambendo a pata, pode ser
estresse. Mesmo não pagando contas e não tendo chefe, os animais podem
desenvolver quadros de depressão e ansiedade.
Uma
das ansiedades mais comuns é a ansiedade de separação. Não sabe o que é isso? Descubra se seu pequeno sofre
disso. Esse
tipo de problema comportamental é intensificado quando o proprietário passa
longos períodos longe de casa.
Assim
como os humanos roem unhas quando tensos, os cães e gatos lambem patas para
tentarem se acalmar. O tédio é um dos maiores vilões para esse tipo de
comportamento. Mesmo morando em uma casa grande com quintal, o cão precisa
passear e ter coisas gostosas para roer. Cenoura, maçã (sem caroço) e coco
verde são ótimas opções para todas as raças.
Os
gatos, apesar de preguiçosos, também precisam de atividade. Mesmos aqueles que
parecem felizes quando sua rotina é comer e dormir, podem sofrer com a falta do
que fazer. Ensine seu pequeno a brincar. A melhor forma de fazer isso é
estimulando com um brinquedo com petiscos dentro.
Maria
José Santos, dona de casa, percebeu que sua gatinha Yummy estava perdendo
muitos pelos, se lambendo e coçando demais. Com o tempo, o comportamento
intensificou e Yummy começou a arrancar os pelos com a boca até formar feridas.
“Só sobrou pelo onde ela não conseguia alcançar com a boca e com a pata.
Iniciou com a chegada de um filhote de gato” explica a proprietária.
Desesperada, sem saber o motivo desse comportamento, Maria José buscou ajuda da
médica veterinária de felinos, Vanessa Zimbres.
O
diagnóstico: dermatite psicogênica. Traduzindo: estresse! Apesar da aparência
feia, não havia nenhuma doença ou infecção associada. Não precisou de
antibióticos e nem antiinflamatórios. Com antidepressivo e o enriquecimento
ambiental, ratinhos e brincadeiras, a Yummi parou de se lamber excessivamente.
Hoje, os pelos já voltaram a crescer e ela pode desfilar com sua bela pelagem
brilhante. “A gente que pega muito bicho, acaba deixando os mais velhos de
lado. Agora Yummy só dorme dentro de casa” confidencia Maria José.
Dar
mais atividades é a principal solução para o tédio. Passeie pelo menos duas
vezes ao dia, deixe desafios ou petiscos escondidos em caixas. Dê preferência
por brinquedos que durem mais tempo. Para não gastar muito dinheiro, faça
brinquedos em casa. Use sua criatividade!
O
animal deve ter o que fazer na sua ausência. A diversão não pode estar
relacionada a sua presença, apenas. Há diversas opções, como day care ou
creche, passeadores e pet sitter. São alternativas para ter certeza que seu pet
estará bem, mesmo sem você.
Link para reportagem original
http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/comportamento-animal/meu-cachorrogato-se-lambe-demais-o-que-eu-devo-fazer/
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