Veja mais nesse blog:

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Dermatofitose: micoses superficiais em gatos


Dermatofitose: micoses superficiais em gatos

São as doenças de pele mais comum nos felinos. Causadas por fungos que invadem as camadas córneas da pele e alimentam-se de tecidos queratinizados da pele, pelos e unhas.
Essa doença pode ser transmitida a outros animais e inclusive ao homem.

O agente causador mais frequentemente encontrado no gato é o Microsporum canis, mas também podem ser isolados o Trichophyton mentagrophytes e o Microsporum gypseum. Animais de qualquer idade podem desenvolver a doença.

O Microsporum não faz parte da flora normal da pele do gato, portanto uma vez encontrado no animal, significa que o gato está com a doença ativa ou na forma de portador. Mesmo um gato somente no estado de portador já é capaz de contaminar outros animais e o ambiente, por isso a necessidade de tratamento em ambas as formas.
 
Os gatos se contaminam em contato com animais doentes ou portadores ou em ambiente contaminado. É muito importante atentar-se para utensílios utilizados em pet shops como pentes, escovas, rasqueadeiras e toalhas, pois esta é uma forma muito comum de contaminação.

Entretanto, nem todo gato em contato com o agente irá desenvolver a doença, devido a diversos fatores entre eles:

 O próprio ato de se higienizar do gato o protege do agente, porque ele remove mecanicamente os esporos do fungo dos pêlos e isso explica o porque dos gatos de pêlos longos apresentarem a doença com maior frequência que os animais de pêlo curto, pois aqueles não conseguem se higienizar tão bem quanto estes. Curiosamente os filhotes apresentam a doença logo após o desmame, onde a gata diminui a frequência de higienização dos filhotes.

Escoriações, feridas e inclusive microtraumas por picadas de pulgas também podem facilitar a penetração do agente na pele dos gatos mas o fungo tem uma dificuldade maior para se desenvolver em pele inflamada.

Banhos também pré dispõem o gato a desenvolver micose, pois removem as barreiras naturais da pelee deixam a pele mais úmida que, aliada a temperatura corpórea do gato, cria ambiente propício ao crescimento do agente além de provocar estresse nesses animais o que leva a imunossupressão e queda na resposta imune, fator de extrema importância na proteção contra dermatofitose.

Os sinais clíncos são variáveis; Geralmente as lesões são descamativas e circulares com pêlos quebradiços, podendo ou não haver prurido e inflamação. As lesões podem ser localizadas ou generalizadas.

O Diagnóstico baseia-se no histórico clinico, observação direta das lesões e realização de exames específicos.

O tratamento somente deverá ser prescrito  unicamente pelo médico veterinário, pois existem tratamentos diferentes para cada caso. Antifungicos por via oral podem ser necessáriospor até 6 Meses dependendo do grau da infecção e podem levar a sérios problemas hepáticos devendo portanto ser acompanhado pelo veterinário e realizados exames de sangue periódicos. 

Somente banhos ou pomadas podem não ser suficientes e, no caso de banhos, piorar as lesões.

Apesar de animais saudáveis apresentarem remissão espontânea da doença o tratamento, em diferentes graus, sempre deve ser instituído devido a alta contagiosidade de doença.

As informações contidas neste artigo são apenas para esclarecimento do proprietário não substituindo de modo algum o exame clínico veterinário; Caso detecte algum destes sinais em seu gato não hesite em consultá-lo.
Nós da Clinica Veterinária Bicho é Gente Boa somos especialistas no atendimento de gatos e estamos a disposição para o esclarecimento de dúvidas.

 
Por: Dra Vanessa Zimbres
CRMV/SP 19.672
Clinica Veterinária Bicho é Gente Boa!


Fonte: Guaguere, E.; Prelaud, P. in: A Practical guide to feline dermatology. Cap 4.; pag.4.1 .- 4.11.(1999)