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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Você sabe por que e para quê seu gato está sendo vacinado?


Nós da Clinica de Medicina Felina Gato é Gente Boa achamos importante que os nossos clientes tenham conhecimento dos procedimentos adotados por nós para oferecer o mais adequado tratamento para seus bichanos!

Nesse post falaremos sobre a vacinação dos gatos:


Esse é um tema polêmico entre classe veterinária sobre a real necessidade de vacinação dos animais. Alguns acham que os animais são vacinados em excesso  mas na rotina vemos que a vacinação, na nossa região, tem sido realmente necessária e vamos falar um pouco o porque:


Primeiramente vamos falar sobre as doenças as quais as vacinas disponíveis no mercado brasileiro oferecem proteção: Não é nosso objetivo se aprofundar ou falar tecnicamente sobre elas, mas queremos de uma maneira simples resumir o que cada doença causa nos animais.


RINOTRAQUEITE VIRAL FELINA: Infecção das vias respiratórias causada pelo herpes vírus felino. Transmitido pelo contato direto entre animais e por aerossóis (pelo ar!). Uma vez que o gato contrai a infecção, assim como no herpes humano, ele torna-se portador e pode desenvolver os sintomas da doença em situações de estresse e baixa imunidade. Os sinais são geralmente espirros, secreção purulenta nasal, conjuntivite entre outros que em casos graves pode evoluir para pneumonia, ulcera de córnea e suas devidas complicações.



CALICIVIROSE: Também causada por vírus que, como o herpes, resulta em infecção das vias aéreas, conjuntiva e mucosa oral. Uma cepa fatal do calicivírus em gatos adultos também foi descrita. As lesões mais importantes observadas são as úlceras em boca e língua que, em casos complicados, além de muita dor e desconforto pode evoluir para perda dos dentes. O gato uma vez infectado se torna portador e continua a eliminar o vírus. A forma de contagio se dá pela mesma forma do herpesvirus.

PANLEUCOPENIA VIRAL FELINA: Causada pelo parvovirus, similar a parvovirose dos cães, que causa sinais gastro-intestinais. Em filhotes pode ser fatal e em adultos, desde que não haja doenças concomitantes ou imunossupressão pode ser sub-clinica. A transmissão se dá pelo contato com as fezes do animal doente ou materiais contaminados pelas fezes. Se uma gata prenhe se infectar, os filhotes podem ter má formação cerebral. IMPORTANTE: como o virus é da família do parvovirus, cães podem transmitir a doença para gatos e vice versa.


CLAMIDIOSE: Doença causada por uma bactéria que causa principalmente conjuntivite além de sinais respiratórios. A doença tem poucas complicações e boa resposta a tratamento.  É transmitida pelo contato entre gatos doentes. A vacina protege contra os  sinais clínicos entretanto não impede a infecção.  É indicada em animais que tem acesso a ambientes externos e a outros animais ou gatos que vivem em colônias ou residências com múltiplos gatos.


LEUCEMIA VIRAL FELINA: Causada por um vírus que leva a desordens na medula óssea levando a sinais de imunossupressão e/ou anemia ou ao desenvolvimento de neoplasia (Linfoma). Os animais se infectam ao terem contato continuo com gatos infectados, já que ele está presente na saliva, fezes, urina e leite materno. Os animais devem ser testados antes de receber a vacina e esta somente deve ser aplicada em animais negativos que realmente estão expostos ao risco da infecção devido aos potenciais efeitos colaterais da mesma. Animais já expostos ao vírus não se beneficiam da vacinação.

RAIVA: Zoonose, invariavelmente fatal. O vírus é transmitido através da saliva de animais doentes. Gatos que tem acesso a rua podem se contaminar em brigas com outros mamíferos. A vacina somente foi testada em animais domésticos, portanto desconhece-se a eficácia da vacinação em outras espécies silvestres e híbridas. 
No Brasil a legislação obriga que os animais sejam re-vacinados anualmente. 
Além disso, deve-se ter atenção a reações adversas a vacina, principalmente nos gatos.

Então: é necessário vacinar meu gato todos os anos?
Primeiramente, contra a raiva sim! Porque é lei e não vamos discutir.

Segundo: As vacinas disponíveis no mercado são, na maioria delas, produzidas com vírus mortos ou atenuados, o que significa que não são capazes de desencadear a doença. Fica a pergunta: O gato ao receber a vacinação estava saudável? Foi examinado clinicamente para averiguar se não havia alguma infecção sub clinica que impedisse o organismo de produzir anticorpos a vacinação? ou será que o sistema imune estava "ocupado" combatendo outro problema e deixou a vacinação de lado?

Para se ter uma idéia, se o animal apresentar qualquer tipo de parasita como pulgas ou verminoses a resposta vacinal já não será a mesma, levando-se em conta ainda que nenhuma vacina é 100% eficaz. Quantas vezes seu gatinho chegou na clinica e só tomou uma injeção?
Pois é essa falta da padronização ao se vacinar os animais é que gera a dúvida se estão realmente protegidos ou não, e por isso se re aplica a vacina anualmente nos animais.

Além disso, o que nos preocupa mais ainda é que no nosso país algumas fiscalizações são falhas e não se sabe como foram transportadas e como estão sendo acondicionadas essas vacinas. A clinica deve ter um controle diário da temperatura, uma geladeira exclusiva para elas do contrario, oscilações na temperatura e uma queda de energia pode fazer com que se perca a eficácia das vacinas e quem controla isso? 
E olha que nem vou mencionar as vacinas de lojas agropecuárias que são aplicadas por lojistas.

Em um breve resumo, e desabafo, tentamos educar nossos clientes sobre a real importância da vacinação dos animais. O importante não é a vacina somente! É a consulta e a orientação do medico veterinário! 

Não existe uma “receita” de esquema vacinal. Nossos clientes somente recebem as vacinas que realmente fazem parte do desafio a que seus animais são expostos. Cada gatinho é tratado individualmente e tem seu próprio esquema de vacinação associado a desvermifugação e controle profilático de ectoparasitas.

E para finalizar: Aproveite a consulta de vacinação de seu gato, tire suas duvidas! Pergunte!

Como diz o velho ditado: Em Medicina felina" prevenir é melhor...... e muito! que remediar!"

Afinal: quem gosta de dar remédio a um gato!?







Por: M.V. Vanessa Zimbres
CRMV/SP 19.672
Graduada pela Universidade Federal de Uberlândia/MG em 2005.
Especialização em Medicina Felina pela Anclivepa/SP - Universidade Anhembi Morumbi em 2009
Especialização em Medicina Felina pelo Instituto Qualittas / SP - Universidade Castelo Branco em 2015
Sócia proprietária da Clinica de Medicina Felina Gato é Gente Boa em Itu/SP




Fonte: Journal of Feline Medicine and Surgery (2013) 15, 
Fonte das imagens: httpp:dreamstime.com

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A alimentação dos gatos velhinhos:



A partir dos sete anos de idade, já é recomendada a realização de exames periódicos em gatos para detecção precoce de alterações no organismo decorrentes da idade. Tais alterações podem ser metabólicas, imunológicas e de composição corporal. Muitas são inevitáveis mas outras podem ser tratadas, evitadas ou controladas por meio de uma dieta balanceada.

A administração de uma dieta senior é indicada para gatos a partir dos sete anos de idade.

Não é só um fator comercial;  Uma vez que o organismo de um velhinho não trabalha como o de um jovem adulto, suas necessidades nutricionais também são diferentes e mais especificas onde o alimento do gato mais velho tem como objetivo manter o peso corporal, retardar ou mesmo impedir o desenvolvimewnto de doenças cronicas como é o caso das osteoatroses e insuficiancia renal cronica além de minimizar ou melhorar os sinais clinicos de doenças que já podem estar presentes.

Somente um veterinario pode detectar as doenças precoces atravez de exame clinico e laboratorial, pois sem exames de sangue, urina e de imagem por exemplo, fica impossível detectar uma doença que ainda não apresenta sintomas.


Os problemas mais comuns dos gatos quando envelhecem são:

·         Deterioração da pele e pelagem;

·         Perda de massa muscular;

·         Problemas intestinais;

·         Artrite

·         Obesidade;

·         Problemas dentários

·         Diminuição da capacidade em combater infecções


Os cuidados de rotina deve envolver exames periodicos, ao menos 2 x ao ano, bem como vacinação (mesmo os mais velhos), desvermifugação e controle de parasitas. Qualquer situação de estresse tambem deve ser evitada.


A vida media dos gatos hoje é de 16 anos. Com cuidados adequados seu gatinho viverá bastante tempo e bem!


Nós da Clinica de Medicina Felina Gato é Gente Boa oferecemos atendimento clínico, cirurgico e comportamental exclusivo para gatos.


"Seu gato merece os cuidados de quem os entende!"








Por: M.V. Vanessa Zimbres
CRMV/SP 19.672
Graduada pela Universidade Federal de Uberlândia/MG em 2005.
Especialização em Medicina Felina pela Anclivepa/SP - Universidade Anhembi Morumbi em 2009
Especialização em Medicina Felina pelo Instituto Qualittas / SP - Universidade Castelo Branco em 2015
Sócia proprietária da Clinica de Medicina Felina Gato é Gente Boa em Itu/SP


Fonte:
http://www.aspca.org

Fonte das imagens:

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Gatos x Veterinários



A escolha do gato como animal de estimação vem crescendo a cada dia, superando em proporção ao crescimento da população de cães desde o ano passado.  Segundo dados, No Brasil, a população de cães cresce cerca de 4% ao ano. A de gatos cresce o dobro: mais de 8% ao ano. Fonte: G1


Entretanto a visita de gatos a clínicas veterinárias não tem crescido na mesma proporção. Sugere-se que os proprietários de gatos não estão sendo devidamente orientados pelos médicos veterinários, pois muitos desses não oferecem ambiente preparado e treinamento especializado para receber esses animais em suas clinicas o que torna a prática estressante para o gato, para o veterinário e principalmente para o dono do gato.
Além disso ainda existe o mito de que o gato é auto-suficiente e não precisa de cuidados preventivos da mesma forma que os cães. Um exemplo disso é a frequência no uso de antiparasitas, mesmo que os gatos só vivam dentro de casa, cuidados com a saúde oral, entre outros.


Os donos de gatos devem ser muito bem orientados em relação a qualquer mudança de comportamento do seu animal. Os gatos são peritos em esconder sinais de doenças o que significa que quando o proprietário percebe, o problema já se instalou há mais tempo do que se imagina. Por isso que nós, veterinários especialistas em felinos, dizemos que trabalhamos com uma medicina de urgência, pois quando os animais chegam a nossa clinica, geralmente a doença já esta em estágio avançado. Cabe a nós orientarmos o cliente e atentar-se a QUALQUER mudança de comportamento do gato.


Os proprietários de gatos também são relutantes a levar os animais a clínicas veterinárias por falta de preparo desde colocar o animal na caixa de transporte em casa até o próprio exame clinico do animal feito no consultório. Nesse período os gatos se estressam, vocalizam, urinam e defecam, podem arranhar ou morder o próprio dono e mesmo o veterinário e auxiliares, que eventualmente não estejam habituados a trabalhar com esses animais.      Os proprietários devem receber uma exaustiva orientação em como minimizar o estresse dessas visitas, que são tão importantes, e o medico veterinário deve estar habituado a enfrentar essas situações da melhor forma possível com o intuito de minimizar o desconforto do animal.



Além disso, é importante que o proprietário entenda que, justamente por não demonstrar sintomas, o clínico precisa de uma extensa conversa com o cliente (sem pressa!), pois sabemos que muitos dos problemas de saúde dos gatos são reflexo de problemas comportamentais que temos que investigar na história de vida do animal, e por isso, retornos frequentes a clinica para eventuais exames podem ser necessários.


E o mais importante! O médico veterinário e toda a equipe auxiliar, bem como o local de atendimento a gatos, devem ser voltados as exigências dessa espécie!

O encontro com um cão, ou mesmo o cheiro dele, na sala de espera do consultório pode arruinar o atendimento clinico desses animais, dificultando ou mesmo impossibilitando a adequada avaliação e diagnóstico do que está afetando o animal.


Assim como temos médicos cardiologistas, oftalmologistas, dermatologistas, etc para humanos, na medicina veterinária, cada vez mais, se faz necessária as especialidades que é uma tendencia atualmente. E hoje em dia se faz de extrema necessidade um atendimento voltado exclusivamente para a espécie felina.


Nós da Clinica Veterinária “Bicho é Gente Boa”, desde janeiro de 2013 atendemos exclusivamente felinos e estamos nos tornando a Clinica de Medicina Felina “Gato é Gente Boa”. Nosso objetivo é oferecer atendimento clinico, cirúrgico e emergencial exclusivamente a espécie felina respeitando as características desses animais.

Além disso, nós amamos gatos! E estamos preparados para atendê-los!




Por: M.V. Vanessa Zimbres
CRMV/SP 19.672
Graduada pela Universidade Federal de Uberlândia/MG em 2005.
Especialização em Medicina Felina pela Anclivepa/SP - Universidade Anhembi Morumbi em 2009
Especialização em Medicina Felina pelo Instituto Qualittas / SP - Universidade Castelo Branco em 2015
Sócia proprietária da Clinica de Medicina Felina Gato é Gente Boa em Itu/SP